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Terracota pintada
Os recipientes rituais de tipo ding 鼎, utilizados para preparar alimentos, desenvolveram-se desde as cerâmicas do Neolítico, passando pelos vários modelos de bronze das dinastias Shang e Zhou, de laca durante o Período dos Estados Combatentes, até à terracota pintada ou vidrada durante a dinastia Han. Ao longo do tempo, estes recipientes eram considerados como um símbolo do estatuto social e de poder. Nas diferentes épocas, o número de recipientes colocados no túmulo estava de acordo com a posição que os membros da elite ocupavam na sociedade. Enquanto nos túmulos imperiais poderiam ser colocados em grupos de nove recipientes, os duques e príncipes poderiam usar sete, os principais oficiais de Estado poderiam usar cinco e os oficiais das posições mais baixas apenas três. Este recipiente segue os modelos da fase intermédia da dinastia Zhou, apresentando um corpo esférico baixo assente sobre três pernas curtas e com duas pegas quadrangulares. A tampa é simples, contendo apenas três pegas pequenas formando um triângulo. O recipiente foi moldado numa roda enquanto as pegas e as pernas foram moldadas manualmente e posteriormente acopladas ao corpo. O recipiente, ornamentado com um padrão de espirais pintadas com pigmento vermelho, branco e púrpura sobre o fundo preto, é inspirado nos motivos decorativos e nas caraterísticas dos objetos de laca caraterísticos da tradição artística dos Chou, durante o Período dos Estados Combatentes, e dos Han Ocidentais em Changsha, na Província de Hunan. No período de transição entre os Han Ocidentais e os Han Orientais as imitações em cerâmica de objetos luxuosos como as lacas e outros materiais como o bronze tornam-se frequentes devido ao baixo custo dos materiais, à facilidade de produção destes recipientes e à rigorosa verosimilhança que apresentavam face ao modelo original.