EM EXPOSIÇÃO • SALA 4
Sara Ramo • Atirando Pedras
As instalações de Sara Ramo traduzem sentimentos contraditórios. “Doloridas”, segundo as palavras da artista, as suas esculturas estão cheias de alusões ao que fere e que é incerto, ao que cai e ao que torce a linguagem. Concebida como um jogo de cartas, Atirando Pedras convida-nos a fazer as nossas próprias conexões entre os objetos, unindo pontos e pistas que nos guiam por uma numeração aparentemente aleatória. Transtorno repentino, Carne para canhão ou Intratável, alguns dos títulos, compõem um vocabulário poético/político que comenta, sem ser literal, o mundo e a linguagem que o nomeia.
Existe no seu trabalho uma tomada de posição contra um certo tipo de conhecimento hegemónico e contra as opressões que o mesmo produz, mas que não provém de uma moral, antes do aspecto tortuoso, “falhado” e indeciso dos volumes e dos materiais. Também podemos encontrar aqui antigos trabalhos de Sara Ramo que, continuamente cortados e rearranjados, geram uma economia que tira partido do resto. Como escreve a artista:
“Y todo cabe. No es necesaria la exclusión de las basuras generadas. Es cuestión vital hacerlas nuestras. Mías y tuyas: generadoras resistentes. La metamorfosis estará avalada por la tensión entre lo que vive y muere, todo incluido, también lo que sufre y hace sufrir. Lo inventado, las mitologías secretas de los mundos por abrir serán en círculo cada vez un inicio. Por tanto; no hay conclusión. Hay piedras falsas, zapatillas, cacas secas, cortinas en las ventanas, un guante, papel de caramelo, cartón. No importa, todo es material y está vivo”. (Sara Ramo)
Exposição patente até 1 março 2023
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